Jogador que vira técnico não precisa de registro em conselho
O
placar foi unânime e a vitória ficou com o Sindicato dos Atletas
Profissionais de São Paulo: ex-jogadores que atuam como treinadores e
monitores de futebol não precisam ter diploma de Educação Física nem
inscrição nos conselhos regionais da categoria. A disputa ainda não teve
fim, já que cabe recurso, mas vale hoje o entendimento da 2ª Turma do
Superior Tribunal de Justiça.
O colegiado negou recurso especial
do Cref 4 (o conselho paulista), que defende a necessidade da inscrição e
a graduação para técnicos que atuem a partir de 1998. Para a entidade, a
lei que criou naquele ano os conselhos federal e regionais de Educação
Física está vinculada a uma resolução normativa que determina a
necessidade de inscrição em todo o país. O Cref 4 havia recorrido de
entendimento contrário no Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
Na
avaliação do relator do caso no STJ, ministro Humberto Martins, a lei
sobre os conselhos não lista explicitamente os treinadores de futebol
como profissionais de Educação Física. Além disso, a legislação de 1993
que especifica as relações de trabalho do treinador de futebol não faz
nenhuma restrição a quem quiser atuar na área — segundo o texto, o
exercício da profissão “ficará assegurado preferencialmente” a quem
tiver diploma ou já tiver experiência.
Para o ministro, as
resoluções do Conselho Federal de Educação Física (Confef) não podem
extrapolar o que é determinado nas duas leis federais nem podem limitar o
exercício da profissão.
Um dos advogados do Cref 4, Fernando Vieira Júlio,
se diz confiante sobre uma mudança no entendimento da corte. Isso
porque outro processo com discussão semelhante deve subir ao STJ em
breve.
Na delegacia
Em outro caso, o ex-jogador Pedro Francisco Garcia, o Tupãzinho, ídolo corintiano nos anos 1990 e técnico há dois anos do Tupã (SP), teve de ir até a delegacia há cerca de dois meses para responder por exercício ilegal da profissão.
Em outro caso, o ex-jogador Pedro Francisco Garcia, o Tupãzinho, ídolo corintiano nos anos 1990 e técnico há dois anos do Tupã (SP), teve de ir até a delegacia há cerca de dois meses para responder por exercício ilegal da profissão.
“Joguei 20 anos futebol, mas [representantes do Cref]
me disseram que eu não estava apto a treinar o time. O sindicato me
disse que a lei permite que eu trabalhe”, afirmou Tupãzinho.
Fonte: http://www.conjur.com.br/2013-dez-02/ex-jogador-vira-tecnico-nao-registro-conselho
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